De Flanelinha A Pós-doutor Em Física

04 May 2019 10:02
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<h1>Ap&oacute;s o DOUTORADO, A GRADUA&Ccedil;&Atilde;O</h1>

<p>Empossado h&aacute; em torno de uma semana, o novo diretor do campus de Apucarana da Escola Tecnol&oacute;gica Federal do Paran&aacute; (UTFPR), Marcelo Ferreira da Silva, tem um curr&iacute;culo que poucos acad&ecirc;micos conseguiram conquistar. Formado pela Faculdade Estadual de Londrina (UEL), ele &eacute; doutor em F&iacute;sica, com p&oacute;s-doutorado pela mesma &aacute;rea pela Universidade de S&atilde;o Paulo (USP).</p>

<p>Contudo, o que os t&iacute;tulos e diplomas n&atilde;o contam &eacute; a hist&oacute;ria de supera&ccedil;&atilde;o do professor, que chegou a ser flanelinha e, hoje, &eacute; respeitado por todos no campus, sem perder a humildade que lhe &eacute; caracter&iacute;stica. Marcelo nasceu em Londrina em 1973. Com m&atilde;e cozinheira e pai pedreiro, ele desde cedo precisou batalhar pra conquistar um local.</p>

<p>“Eu e meus irm&atilde;os a todo o momento fizemos de tudo pra conseguir uns trocados. No momento em que n&atilde;o est&aacute;vamos pela universidade, lav&aacute;vamos ve&iacute;culos, cuid&aacute;vamos de ve&iacute;culos estacionados, esse tipo de coisa. Us&aacute;vamos o estilingue para matarmos rolinhas para comer. Foi uma inf&acirc;ncia dif&iacute;cil”, conta. Em moradia assim como n&atilde;o era descomplicado. O pai, hoje morto, ficava agressivo quando bebia.</p>

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<li>Centro Universit&aacute;rio Sociesc - Engenharia Mec&acirc;nica</li>

<li>3 Cursos de P&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o</li>

<li>Bristol University zoom_out_map</li>

<li>nove Diferen&ccedil;as ortogr&aacute;ficas</li>

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<p>“Teve noites em que precis&aacute;vamos dormir no mato por isso. Era bem complicado. Enxaquecas Frequentes Aumentam Em At&eacute; 80% O Risco De Depress&atilde;o, Diz Estudo m&atilde;e era quem sofria mais. Tempos depois, ele largou a bebida, tornou-se crist&atilde;o e pediu desculpas a n&oacute;s. Ele chorava pelas coisas que tinha feito”, conta. Apesar de todas os problemas, os pais a toda a hora incentivaram os estudos.</p>

<p>Entretanto foi um epis&oacute;dio ocorrido durante o tempo que era flanelinha que o incentivou a persistir. “Eu cuidava dos autom&oacute;veis em frente &agrave; C&acirc;mara dos Vereadores de Londrina. Corre&ccedil;&atilde;o: Serra Quer Variar Maneira De Reajustar Professor de gente chique, v&aacute;rios carr&otilde;es paravam por ali. A maioria nem ao menos olhava pela nossa cara, era como se fossemos invis&iacute;veis. Por&eacute;m teve um dia, eu tinha 15 anos, um homem saiu de um ve&iacute;culo e eu pedi um trocado. Ele se virou para mim e comentou ‘essa exist&ecirc;ncia n&atilde;o vai te levar a nada. Era o pois vereador novato Alex Canziani, hoje deputado federal pelo PTB. “Aquilo me marcou. No tempo em que muita gente nos ignorava, ele deu essa express&atilde;o de incentivo, uma quest&atilde;o que nunca ningu&eacute;m havia feito por n&oacute;s.</p>

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<p>Eu era um rapaz pobre, negro, que cuidava dos autom&oacute;veis. Ningu&eacute;m estava nem sequer a&iacute;. Entretanto claro frases s&atilde;o capazes de mudar uma vida”, destacou Marcelo. Desta forma, o garoto se dedicou. Ele passava o tempo livre trancado no quarto, estudando. Com muito interesse, foi aprovado no vestibular de F&iacute;sica pela UEL, contudo os problemas n&atilde;o acabaram. Alckmin V&ecirc; Com Desconfian&ccedil;a A “onda” Tucana Em S&atilde;o Paulo /p&gt;
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<p>“Eu n&atilde;o tinha dinheiro. Assim, trabalhava na cantina da UEL para custear os estudos. Engenharia De Cria&ccedil;&atilde;o: Sal&aacute;rios E Mercado meus pr&oacute;prios colegas de sala nos intervalos das aulas. Alguns deles faziam brincadeiras por conta disso, o que do&iacute;a bastante”. Ap&oacute;s formado, ele fez mestrado, doutorado e p&oacute;s-doutorado pela USP, a principal universidade de ensino de F&iacute;sica da Am&eacute;rica Latina. Em 2005, ele foi aprovado pra oferecer aulas na Universidade Federal de Rond&ocirc;nia.</p>

<p>Mas, insuficiente tempo depois, a filha de Marcelo nasceu com um s&eacute;rio dificuldade no cora&ccedil;&atilde;o. Poucos conhecem a hist&oacute;ria do hoje diretor da UTFPR apucaranense. Mesmo ent&atilde;o, o respeito cultivado por ele pela faculdade &eacute; ilustre, praticamente um consenso. Tanto &eacute; que mesmo a oposi&ccedil;&atilde;o resolveu apoiar a candidatura dele para a dire&ccedil;&atilde;o do campus. A elei&ccedil;&atilde;o teve chapa &uacute;nica concorrendo.</p>

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